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Fique por dentro da palestra que vai mudar seu conceito do que é um Pós-graduação Profissional. Dia 09/08 Palestra com Prof. Paulo Ferreira.

07/08/2012

Fique por dentro da palestra que vai mudar seu conceito do que é um Pós graduação Profissional. Dia 09/08 Palestra com Prof. Paulo Ferreira.No dia 09 de agosto, às 19 horas, no Instituto Eckart, prepare aí sua agenda para mais um boom inovador em matéria de pós-graduação profissional. Você não pode deixar de assistir a palestra de apresentação que o Professor Paulo Ferreira fará da nova formação em Gestão Empresarial – Residência ie© e que também terá todo respaldo técnico dos mais de 30 anos da Eckart Consultoria.
É claro que adiantar demais o tema vai tirar aquela pitada de mistério, mas é possível dar uma “palhinha”  do que ocorrerá nessa quinta-feira as 19 horas.

O prof. Dr. Paulo Ferreira PH.D em Gestão Empresarial pela Universidade de Leon/Espanha desengavetou um projeto, com mais de 15 anos, que mescla o aprendizado teórico com a prática da consultoria. A grosso modo os aprendizes que se tornarem residentes ou tutores, irão combinar conhecimento formal com prática metodológica.

Mais detalhes? Período da formação? Como ela se dá e quem são os tutores? Essas e outras dúvidas serão respondidas nessa noite. Mas desde já a palestra vai ter um caráter muito mais de ping-pong, bate e volta, entre a plateia e o professor sobre os temas, a metodologia e as técnicas que serão desenvolvidas dentro da Residência ie©.

A outra boa notícia é que o passaporte para participar da palestra formação em Gestão Empresarial – Residência ie© é 1kg de alimento não perecível. Então não deixe de participar.  O dia é 09 de agosto, o Local é no Instituto Eckart  e o horário é as 19 horas. Mais informações basta você ligar para o 3012.9693 e pronto. Reserve seu lugar para estar presente no dia em que as pós –graduações profissionais tomaram outra direção: A SUA.

A Nova Unidade do Instituto Eckart em São Paulo – Estamos chegando a São Caetano!

19/03/2012

Parte I – Um cenário Político

Em 1990 foi o ano de implantação do Consórcio do Grande ABC, na época ele foi fomentado pelos Prefeitos das Cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio   Grande da Serra. Com um objetivo político principalmente voltado para que esses munícipios juntos cartografassem oportunidades para promoverem desenvolvimento regional, a iniciativa sempre se norteou para que fosse apartidária. O Conselho dos Municípios pressupõem uma autonomia de gestão e o respeito às deliberações que estão acima das articulações partidárias.
Atualmente o complexo eleitoral de São Caetano do Sul é formado por 166 juntas e 269 Zonas, em comparação ao Estado do Rio Grande do Sul, há 173 zonas eleitorais, o que demonstra que São Caetano é um munícipio de grande representatividade, não apenas econômica como todos sabemos, mas também de significativa representatividade eleitoral.
Em relação, particularmente a Câmara de Vereadores de São Caetano, este é um momento de bastante entusiasmo, inclusive podemos dizer um clima de muito fervor dos partidos políticos em relação as novas eleições. Com o surgimento de mais sete cadeiras no Parlamento Municipal e de aproximadamente mais três vagas a serem abertas por vereadores que não concorrerão ao pleito em 2012, as eleições tomam um norte de serem as mais competitivas na história de São Caetano e mais do que isso, definem um cenário nesse período de muitas articulações e um eixo muito transparente entre o voto pelo continuísmo ou um rompimento do eleitorado em busca de renovação e capacidade real transformadora.
Veja que além dessas dez novas vagas que deverão ser preenchidas, ainda em São Caetano ocorrerá a queda no coeficiente eleitoral partidário. Em 2008 um Vereador foi eleito com 6.933, nas eleições de 2012 ele terá que obter
aproximadamente 5.200 votos.
Para efeito ilustrativo a Constituição estabelece que em cidades de até 1 milhão de habitantes haja no mínimo 9 e no máximo 21 vereadores. Em cidades com população entre 1 e 5 milhões, deve haver no mínimo 33 e no máximo 40 vereadores. Já nas cidades com mais de 5 milhões de habitantes, o número de vereadores mínimo é 42 e máximo, 55. A quantidade de vereadores de cada cidade é estabelecida pela Lei Orgânica do município. Nela, a Câmara Municipal estipula o número de vereadores que terá a cidade, sempre, é claro, respeitando  os limites impostos pela Constituição.

Neste momento o eleitorado de São Caetano, marcado por um perfil bastante tradicional, em pesquisas extraoficiais deve confirmar a aprovação dos oitos anos de mandato do Prefeito José Aurícchio Júnior (PTB), seguindo a orientação do líder político e para quem ele deve passar o bastão. Mas há um grande movimento de articulações por parte de outras legendas, com pouca afinidade em relação a sensibilidade cultural dos sul-caetanenses, mas que não
podem ser tomadas como sem competitividade, pois trazem a marca do Poder  Federal. Diga-se de passagem, não será de hoje que o Poder Federal, exercerá toda sua força para também deter Poder Municipal. A presidente Dilma Rousseff
é a terceira mulher mais poderosa do mundo, segundo ranking da revista Forbes, pesquisa revelada em 24 de outubro de 2011. A frente dela está a chanceler alemã Angela Merkel, seguida da secretária de Estado norte-americana Hillary
Clinton. Entre outras coisas que se comenta por aí é que a queda do Ministro da Defesa Nelson Jobim em outubro do ano passado teria sido a falta de prestígio com a Presidenta do país e parcialidade no cargo.
Se São Caetano decidir dar uma reviravolta em sua história e partir para novos projetos, os atuais candidatos fortes a prefeitura são o médico Paulo Pinheiro (PMDB), o representante do Partido dos Trabalhadores (PT) professor
Edgar Nóbrega e o advogado Éder Xavier (PCdoB). Mais uma vez é mister salientar que todas essas legendas são partidos que podem compor a base aliada do governo Dilma . Em relação a Câmara Municipal teremos mais de 200 candidatos pedindo votos na pequena São Caetano do Sul, postulando uma das 19 cadeiras no Poder Legislativo.
Planejamento, estratégia e uma percepção bastante aguçada do momento histórico de São Caetano é o que não poderá faltar para os participantes deste pleito. Mais que palavras charmosas, as palavras deverão ser realizadoras. Ser um homem rico no cemitério não significa nada pra mim… Ir pra cama sabendo que fizemos algo maravilhoso. Isso é o que importa pra mim (Steve Jobs). Nesse momento os jovens entre 19 e 35 anos que serão 50% dos votos no Brasil, estão
inclinados a exercer a sua cidadania dessa forma, esperando dos governantes que façam algo maravilhoso!

 

A Nova Unidade do Instituto Eckart em São Paulo   Estamos chegando a São Caetano!Paulo Ricardo Silva Ferreira, Ph.D

Educador Facilitador. Presidente do Instituto Eckart Desenvolvimento Humano e Organizacional. Doutor em Ciências Empresariais pela Universidade de Leon/Espanha, administrador de empresas, curso de psicologia, pós-graduado em administração hospitalar. Professor universitário em cursos de graduação e pós-graduação. Consultor em estratégia empresarial, desenvolvimento organizacional (DO), comportamento, mudança intervencionista e inteligência empresarial da Eckart Consultoria. Presidente da Fundação dos Administradores do Rio Grande do Sul. Palestrante nacional destacado pela abordagem multidimensional das organizações, abordando temas como valores humanos, ética, comportamento e desenvolvimento humano continuado e pensamento estratégico.

Redator: Sander Machado
Profissional de comunicação, redator. Coordenador do Núcleo Celebração do Instituto Eckart. Diretor Criativo da ILê Comunicação. Entre outros prêmios já conquistou Top Nacional de MARKETING ADVB, ESPM/RS, Mérito Lojista, ANAMACO e Central Outdoors.

Qual o Perfil Desejado Pelo Eleitor que Influenciará na Escolha na Hora de Votar em Candidatos a Vereador?

09/03/2012

Parte III – Vereadores com perfil para inovação.

Uma eleição também tem se transformado num negócio bilionário. Para o pleito de 2012, em torno de 135 milhões de brasileiros se deslocarão as urnas para depositar sua confiança em 5.565 prefeitos e 57.748 vereadores que conduzirão as diretrizes dos municípios pelos próximos 4 anos. Será movimentado o equivalente a R$ 13 bilhões, uma quantia similar ao faturamento anual de uma empresa como a Usiminas, uma das maiores siderúrgicas da América Latina.

É uma grande lástima quando fechamos os olhos para esses números, pois, se não vamos conscientes do que queremos para a votação, em primeiro lugar é um dinheiro que está sendo jogado pela janela e em segundo lugar, os danos futuros irão nos trazer enormes perdas presentes. Se nós brasileiros e particularmente, nós porto-alegrenses desejamos um perfil de políticos com ações inovadoras temos que combater energicamente o ranço e o continuísmo das velhas raposas que não largam o poder por nada nesse mundo.

Nesse sentido a Prefeitura atual de Porto Alegre demonstra que está um passo a frente e lançou no final de dezembro de 2011, em parceria com o Campus Party, maior acontecimento de tecnologia, inovação, entretenimento digital, ciência e cultura digital do mundo, um desafio onde quase 400 pessoas, brasileiros e estrangeiros, responderam a pergunta, “Como podemos tornar a cidade de Porto Alegre ainda mais inovadora? Cinco projetos foram contemplados e o grande vencedor na área de Desenvolvimento e Tecnologia foi de um mexicano denominado de EcOreal, um aplicativo para Face book que trata do sistema de coleta de lixo e reciclagem da cidade. Os outros 4 projetos abordaram Educação (Smart Tri), Informalidade da Força de Trabalho e emprego, Mobilidade urbana (aplicativo para ser colocado no guidão das bicicletas e Saúde (Amigo – Atenção Imediata Geral On line).

Há conclusões importantes que esse concurso trás para o cenário das eleições 2012. É possível ver através dos projetos contemplados, o que esse eleitor que está em torno de 19 a 35 anos espera em relação a sua cidade e consequentemente do perfil de seus políticos. Uma evidência gritante é que se utilize com mais propriedade as ferramentas digitais para facilitar a agilidade dos serviços e o próprio deslocamento em relação a eles. Quer dizer, os vereadores que competem para as eleições de 2012, ao invés de ficarem metendo o sarrafo um nos outros, têm que serem enfáticos no que trarão de novidades na utilização da tecnologia de informação e todas as outras atitudes periféricas que norteiam essa atividade, como mão de obra especializada, investimentos e implementação.

O TSE vai gastar do dinheiro do contribuinte para organizar as eleições 5,4 bilhões. Atualmente o governo tem investido para erradicação do trabalho infantil 260 milhões, combate à violência sexual contra crianças e adolescentes 70 milhões, prevenção e combate a corrupção 50 milhões. Quer dizer, esse dinheiro que será colocado nas eleições 2012 daria para investir em áreas emergenciais e doloridas de nosso país. Desta forma, não podemos nos dar ao luxo de mais uma vez que isso não dê em nada.

Voltando ao que o Evento Campus Party nos oferece como cenário de anseio em inovações, podemos reparar que o porto-alegrense jovem também está interessado em mudanças enérgicas no que diz respeito a uma cidade mais limpa, agradável para passear e ecologicamente sustentável, educação, emprego, meios alternativos de mobilidade urbana e uma saúde pública que funcione. A grande diferença é que não querem aquele blá, blá, blá e estão mais que certos.

Os candidatos irão gastar 2,7 bilhões com marketing e publicidade, que nos apresentem propostas reais e concretas. Mas tem algo positivo em tudo isso, os números obtidos com exclusividade por ISTOÉ revelam que os candidatos devem injetar na economia pelo menos R$ 6 bilhões, dinheiro investido na contratação de pessoal, marketing político e despesas  peracionais. Claro que só será positivo se isto não se transformar em cabresto eleitoral e conchavos para serem pagos pós-eleições como é de praxe.

Aristóteles tem uma frase que ilustra muito bem esse nosso momento: “Qualquer pessoa pode zangar-se. Isso é fácil. Mas, zangar-se com a pessoa certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa; Isso não é fácil”. Vivemos reclamando e reclamando na hora errada, isso é fácil. Chegou a hora de nos zangarmos e mostrar isso com toda clareza na hora certa. Essa hora começa agora e tem seu momento culminante no dia 7 de outubro de 2012 ou tornaremos a continuar nos lamentando pelos cantos.

Enfim, indicamos aos nossos leitores – não reclamar do poder ele é assim a mais de dois mil anos. Quem sabe a inovação vire e revire os nossos modelos mentais? Parece que está chegando a hora, até que enfim…

Paulo Ricardo Silva Ferreira, Ph.D

Educador Facilitador. Presidente do Instituto Eckart Desenvolvimento Humano e Organizacional. Doutor em Ciências Empresariais pela Universidade de Leon/Espanha, administrador de empresas, curso de psicologia, pós-graduado em administração hospitalar. Professor universitário em cursos de graduação e pós-graduação. Consultor em estratégia empresarial, desenvolvimento organizacional (DO), comportamento, mudança intervencionista e inteligência empresarial da Eckart Consultoria. Presidente da Fundação dos Administradores do Rio Grande do Sul. Palestrante nacional destacado pela abordagem multidimensional das organizações, abordando temas como valores humanos, ética, comportamento e desenvolvimento humano continuado e pensamento estratégico.

Redator: Sander Machado
Profissional de comunicação, redator. Coordenador do Núcleo Celebração do Instituto Eckart. Diretor Criativo da ILê Comunicação. Entre outros prêmios já conquistou Top Nacional de MARKETING ADVB, ESPM/RS, Mérito Lojista, ANAMACO e Central Outdoors.

Qual o Perfil Pelo Eleitor que Influenciará na Escolha na Hora de Votar em Candidatos a Vereador?

02/03/2012

Parte I – A câmara Municipal de Porto Alegre

 Em outro momento o poeta Mário Quintana sentenciou: a esperança é um urubu pintado de verde. Conforme pesquisa realizada pelo Gallup World Poll, a nossa satisfação com a vida, no Brasil em média em 2009 era 8,7 numa escala de 0 a 10. Dos Países do BRICS a mais alta: África do Sul (5,2), Rússia (5,2), China (4,5) e Índia (4,5). Mais inacreditável, o Brasil é o único dos BRICS que melhora no ranking mundial de felicidade, saindo do 22o lugar em 2006 para 17o em 2009 entre 144 países.

Na espera do dia que compartilharemos o prato de morangos, vamos nos mantendo no ápice das cordilheiras no que diz respeito a crença na felicidade futura. Somos o país recordista neste aspecto. Numa escala de 0 a 10 o brasileiro dá uma nota média de 8,70 à sua expectativa de satisfação com a vida em 2014 superando todos os demais 146 países da amostra cuja média é 5,6.

O número de integrantes da Câmara Municipal de Porto Alegre é de 36 vereadores, como uma previsão orçamentária para 2010 de R$ 78.754.000, um gasto por cadeira de R$ 2.187.611, o que daria por habitante do município a quantia de R$ 54,84. Você sabe quanto custa um vereador na França? R$ 2,8 milhões e no Canadá? R$ 2,3 milhões. Quer dizer, temos gasto com nossos parlamentares, próximo ao que países de primeiro mundo investem com osdeles.

Cada vereador recebe 14 salários por ano, dois deles são a título de “ajuda de custo”. Eles também têm o direito de nomear até seis assessores parlamentares por comissão, o que pode custar até quase o dobro dos seus salários. Veja que mesmo assim, grande parte da Câmara não está muito imbuída com o trabalho. Temas essenciais para todos nós, como é o caso das comissões temáticas, verifica-se que a assiduidade real dos vereadores não é grande. Por exemplo, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente, levando em conta onze meses analisados, nada menos de 36 reuniões ordinárias e nove extraordinárias deixaram de ocorrer por falta de quórum.

Conforme dados de 2008, dos 35 dos atuais 36 integrantes da Casa concorreram à reeleição em 2008. Desses, 14 concorreram nas eleições gerais de 2006, dispondo- se, portanto, de informações sobre o patrimônio que declararam na época. Ao se bater uma declaração com a outra é possível constatar que os parlamentares obtiveram no período de seus mandatos uma variação patrimonial média de 19% (ver detalhes em www.excelencias.org.br/ @patrimonios.php). Entre eles, cinco vereadores enriqueceram mais de 40% ao longo dos dois anos.

Para Marenco e Serna (2007, p.103) “o primeiro cargo público constitui um rito significativo que oferece informação relevante não só sobre as condições e os recursos disponíveis no início da carreira politica, mas também sobre o grau de sua dependência em relação às organizações partidárias”. É significativamente importante discutir essa eleição, pois grande parte dos políticos brasileiros são de carreira e fazem sua estréia como vereadores. O voto aleatório ou displicente, não é apenas aleatório ou displicente, pode se converter no estímulo para mais um ladrão e corrupto. Em depositar confiança num preguiçoso que o investimento é igual ao dos países do primeiro mundo e que em troca receberemos um serviço que é um lixo. MARENCO identifica duas formas de entrada na política: Um padrão de carreira endógeno significa entrada em postos mais baixos, com maior treinamento na vida política, muitas vezes significa uma militância prévia no partido, para somente depois concorrer a cargos eletivos; A outra estudada pelo autor é a entrada lateral que se caracteriza pela condição de outsider da vida política, quer dizer, candidatos com grande reconhecimento na mídia, com nome na política ou grandes empresários que logo concorrem a deputado federal ou estadual.

As eleições de 2010 também nos mostram um dado muito importante. Nessas eleições, sete vereadores com mandato em exercício no seu município conquistaram a cadeira de deputado estadual. Todos eles tiveram seus mandatos em municípios diferentes e eles estavam entre os quinze maiores colégios eleitorais do estado. O que é significativo mais uma vez a importância da nossa consciência política nessa matéria, pois Porto Alegre é o maior colégio Eleitoral do Estado. Ser vereador aqui é solidificar a carreira política e estabelecer perspectivas para uma escalada a cargos superiores.

Nas próximas eleições de 2012 cerca de 50% do eleitorado estará na faixa entre 16 e 35 anos. Todos os partidos no próximo pleito irão querer encantar os mais jovens. Com isso já há um cenário estabelecendo uma renovação nos quadros dos candidatos, por exemplo, em Porto Alegre, o surpreendente apoio que o PT de Tarso Genro, está inclinado a dar para candidatura de Manuela D’Ávila (PCdoB-RS). O que ocorre é uma pressão que vem de fora dos partidos para a mudança na política por parte dos eleitores e mais, que essa nova geração, primeira pós-ditadura, não traga os vícios da anterior.

De forma geral os porto-alegrenses estão cansados com os escândalos na política e a repetição de práticas e vícios que há anos expõem os partidos e os políticos, o que está conduzindo as bancadas e os partidos a saírem dos velhos jargões e tratarem de serem inovadores, não apenas na forma de abordar as temáticas, bem como, nos nomes que podem encantar esses jovens eleitores. A ampla pesquisa do PSDB encomendada ao Ipespe, do sociólogo Antonio Lavareda, mostra claramente que a população brasileira anseia por novidades, que é preciso fugir dos nomes já muito conhecidos e batidos.

Até que enfim caiu a ficha no que diz respeito atuação política, os partidos passam a ter consciência, mesmo que seja para angariar votos, que também devem acompanhar o que motiva o crescimento pessoal e profissional do cidadão: a inovação. Mais que um passo crucial, é uma eleição histórica, pois onde a inovação é acolhida como caminho também se abre uma estrada azul para que o poder seja menos apegado ao seu próprio poder. A Inovação em si é um mecanismo de renovação inexaurível.

Vamos nos interessar pelo pleito, afinal quem comanda?

Paulo Ricardo Silva Ferreira, Ph.D

Educador Facilitador. Presidente do Instituto Eckart Desenvolvimento Humano e Organizacional. Doutor em Ciências Empresariais pela Universidade de Leon/Espanha, administrador de empresas, curso de psicologia, pós-graduado em administração hospitalar. Professor universitário em cursos de graduação e pós-graduação. Consultor em estratégia empresarial, desenvolvimento organizacional (DO), comportamento, mudança intervencionista e inteligência empresarial da Eckart Consultoria. Presidente da Fundação dos Administradores do Rio Grande do Sul. Palestrante nacional destacado pela abordagem multidimensional das organizações, abordando temas como valores humanos, ética, comportamento e desenvolvimento humano continuado e pensamento estratégico.

Redator: Sander Machado
Profissional de comunicação, redator. Coordenador do Núcleo Celebração do Instituto Eckart. Diretor Criativo da ILê Comunicação. Entre outros prêmios já conquistou Top Nacional de MARKETING ADVB, ESPM/RS, Mérito Lojista,

Qual o perfil de Vereador desejado na hora de votar ?

24/02/2012

 

Parte I – Quem é o eleitor Brasileiro?

Via de regra temos nos preocupado em tomar atitudes enérgicas e reflexivas apenas em relação ao nosso mundinho, com aquilo que aparentemente é o que interfere na nossa vida. Esquecemos que a mudança é sensível quando se dá no todo e tem seu pontapé inicial numa real consciência do coletivo, numa revolução de hábitos e atitudes de todas as pessoas. O simples movimento de peças, como tem sido praxe nos pleitos eleitorais, mais cedo ou mais tarde sabemos no que dará: desacordo com os interesses da maioria em detrimento do acordo de algumas minorias.

Esse afastamento, ou pela frustração que o tema tem causado, ou pela afobação de um mundo moderno que mal nos dá tempo de conseguirmos administrar nossas necessidades mais imediatas, ou por puro analfabetismo e cultura política, tem tornado o perfil de nossos políticos totalmente avesso ao que desejamos para o país, para o estado e para nossa cidade. Conforme Lodi, em pesquisa realizada (1993:123), o cientista se deparou com alguns traços do tipo social do brasileiro que nos auxiliam a entender como nos comportamos, o que nos atrai, como somos alvo fácil de sedução e são eles: bondade e hospitalidade; culto da personalidade; dificuldade de obediência; falta de coesão social; aventura e imprevidência; falta de culto ao trabalho; falta de controle e acompanhamento; cultura ornamental, cordialidade,  afetividade e irracionalidade; falta de objetividade; religiosidade intimista, docilidade e resignação; sobriedade diante da riqueza; individualismo e respeito pelas chefias ou líderes carismáticas, até em sala de aula temos dificuldades em respeitar o mestre.

O que a pesquisa de Lodi relata é evidentemente uma tipologia generalizada, quer dizer, alguns desses comportamentos estão mais presentes e outras menos em cada brasileiro, mas todas elas ((positivas ou negativas) estão resguardas como um arquétipo social, uma biologia ancestral, na formação sócio- psico-comportamental de nós todos brasileiros. Elas irão se manifestar conforme o grupo que estou envolvido, as necessidades e os eventos que passamos na vida, apontando-se na frente sempre as que são mais admiráveis para a situação e serão bloqueadas as que armarmos instrumentos fiscalizadores (individuais e coletivos) para que não nos prejudiquem e nem prejudiquem os que nos cercam. Ainda e é claro, o exercício de reeducação e transformação do humano em relação aquilo que “É” e o que deseja “SER”, alimentará de mais força as que julga serem mais sublimadas para o caminho do bem.
Em primeiro lugar temos que entender que não há diferença na tipologia genérica dos políticos e nas nossas. O que significa? Tanto nós e eles, se deixamos o barco ao vento, sem bússola, sem levar em consideração que a melhor direção
que podemos tomar é a do bem coletivo, é bem provável que venham a se salientar as que valorizam só os ganhos  individuais, como tem se dado em grande parte na nossa política e nos nossos políticos. Em segundo lugar, temos
que refletir quais dessas tipologias apontadas, no nosso entendimento, um Vereador deve ter para que possa contribuir para o bem comum. Qual deve ser o perfil de um gestor que administra as necessidades, os sonhos e as perspectivas
do grupo que lhe transferiu esse poder. E por final devemos acompanhar o mandato dos candidatos que foram eleitos. Tanto os nossos como o dos outros, devemos exigir deles feedback de suas ações e por nossa parte feedback das
melhorias que acreditamos necessárias, devem apresentar seus indicadores e periodicamente passarem por uma avaliação 360˚ com uma avaliação de todos os envolvidos. Isso mesmo, como se dá nas empresas, pois somos nós seus
diretores e não ao contrário.
Tem um ditado muito efetivo na crença popular que diz que o gado só engorda com o olho do dono. Se desejarmos uma cidade mais alegre e não tão magrinha de perspectiva, de futuro, de abundância, temos que cada um e todos nos darmos conta que somos donos de tudo isso. Antes que nos tornemos um exército de mortos-cidadãos.

Como nos ensinou Pierre Weil, sabemos da normose (esclerose das normas- lado esquerdo do cérebro), mas entendemos como ideal deixar fluir os sentimentos e emoções (lado direito do cérebro) e buscar votar naquele vereador que acreditamos agir com empatia! Mesmo errando se ele conseguir colocar-se no lugar dos eleitores, ou seja, no lugar do contribuinte, temos certeza que dias melhores virão.

 

Paulo Ricardo Silva Ferreira, Ph.D

Educador Facilitador. Presidente do Instituto Eckart Desenvolvimento Humano e Organizacional. Doutor em Ciências Empresariais pela Universidade de Leon/Espanha, administrador de empresas, curso de psicologia, pós-graduado em administração hospitalar. Professor universitário em cursos de graduação e pós-graduação. Consultor em estratégia empresarial, desenvolvimento organizacional (DO), comportamento, mudança intervencionista e inteligência empresarial da Eckart Consultoria. Presidente da Fundação dos Administradores do Rio Grande do Sul. Palestrante nacional destacado pela abordagem multidimensional das organizações, abordando temas como valores humanos, ética, comportamento e desenvolvimento humano continuado e pensamento estratégico.

Redator: Sander Machado
Profissional de comunicação, redator. Coordenador do Núcleo Celebração do Instituto Eckart. Diretor Criativo da ILê Comunicação. Entre outros prêmios já conquistou Top Nacional de MARKETING ADVB, ESPM/RS, Mérito Lojista, ANAMACO e Central Outdoors.

Gestão de Pessoas – Desapego

07/02/2012

Parte II – A Doença do Poder.

Antes de assumir aquele cargo era um ótimo colega, uma pessoa que dava para confiar, fazia de tudo para ver um colega feliz. Foi só crescer um pouquinho para o poder subir pra cabeça. Quantas vezes você e nós temos visto essa situação se repetir? O que o poder tem que mexe tanto com os valores dos seres humanos?
Lord Acton, historiador britânico do século XIX, se tornou famoso por declarar que “todo poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente”.  O Guarda se sente dono da praça, o Flanelinha dono da rua, o Presidente dono do país, você sabe com quem está falando? As autoridades donas de privilégios. É muito claro que a maior parte das pessoas sofre desequilíbrios emocionais e transtornos quando ocupa aquela cadeirinha que deseja personificar e eternizar, seja nas mais variadas esferas da sociedade: diretores; chefes; gerentes; dirigentes sindicais; políticos ou mesmo lideranças religiosas.

Via de regra falta para aqueles que chegam ao poder princípios. Entendendo princípios como um conjunto de atitudes que a cabeça pense em auxiliar os outros e não em dominar os outros, que os encontros se estabeleçam para o bem comum e não para o interesse particular, que os propósitos sejam para felicidade alheia e não para a tristeza de quem se contrapõem as nossas ideias.

A doença é fruto dos maus hábitos. Seja nas ciências médicas ou no que diz respeito às ciências comportamentais. Na Gestão de Pessoas os primeiros sinais de que alguém está sofrendo da doença do poder é que logo se cerca de bajuladores, assessores tem tanto quanto a organização lhe permitir (formais e informais), o guarda-roupa muda e as expressões passam a ser pomposas e faz de tudo, inclusive premiar, aqueles que lhe fazem homenagens, convites especiais, como também ele irá prejudicar aqueles que não fazem.
Quem se afeiçoa ao poder é sempre muito carente, seja uma pessoa, uma empresa ou um país. O poder é sempre conservador e relutante a inovação. Duvidará de tudo e de todos, viverá com medo, se manterá num quadrado fechado para que outros não descubram suas fragilidades, manterá uma auto-imagem de onipotência, só dará ouvidos a quem diz amém as suas iniciativas, matará qualquer sentido voltado para mudanças e como todo carente terá ciúmes daqueles que se relacionam com ele. Quem se afeiçoa ao poder vive e faz outros prisioneiros. Uma cumplicidade feita das mesmas grades. A falta de liberdade.

A maior enganação dos detentores de poder está na ilusão.  São iludidos que é deles o poder de promover pessoas, que é deles o poder da tomada de decisão, de aprovar projetos, de estabelecer metas, de constituir indicadores, de instituir importâncias, de direcionarem o rumo das coisas, de colocarem pontos finais onde caberia reticencias. Esse circulo, ou porque não dizer circo centralizador, dá enorme vazio e muitas dessas pessoas acabam tendo doenças como depressão, síndrome de pânico e mesmo neuroses, quando se descobrem iguais, com menos capacidades ou substituíveis por outras.

Desapegar-se do poder é apegar-se ao servir, ao amor, a cooperação, a temporalidade de tudo, a mudança, a diversidade, a inclusão, a possibilidade para todos, ao compromisso como a melhor expressão de qualidade na saúde mental, ao diálogo como autor e personagem de uma gestão de pessoas centrada na igualdade. Quando nos desapegamos do poder nos oportunizamos a viver nossos sonhos. E para o sonhador não importa de quem será a última palavra, pois ela não existe. Porque o sonho não tem fim, o poder sim!

A única maneira de bem viver com o poder é aceitar que ele emana do outro e não é possível tentar comprar, o desafio é conquistar! E conquistar o poder nada mais é que Liderar, sim facilitar e alcançar o sonho coletivo!

 

Gestão de Pessoas – DesapegoPaulo Ricardo Silva Ferreira

Educador Facilitador. Presidente do Instituto Eckart Desenvolvimento Humano e Organizacional. Doutor em Ciências Empresariais pela Universidade de Leon/Espanha, administrador de empresas, curso de psicologia, pós-graduado em administração hospitalar. Professor universitário em cursos de graduação e pós-graduação. Consultor em estratégia empresarial, desenvolvimento organizacional (DO), comportamento, mudança intervencionista e inteligência empresarial da Eckart Consultoria. Presidente da Fundação dos Administradores do Rio Grande do Sul. Palestrante nacional destacado pela abordagem multidimensional das organizações, abordando temas como valores humanos, ética, comportamento e desenvolvimento humano continuado e pensamento estratégico.

Redator: Sander Machado
Profissional de comunicação, redator. Coordenador do Núcleo Celebração do Instituto Eckart. Diretor Criativo da ILê Comunicação. Entre outros prêmios já conquistou Top Nacional de MARKETING ADVB, ESPM/RS, Mérito Lojista, ANAMACO e Central Outdoors.

Gestão de Pessoas – Desapego

30/01/2012

Estruturas sociais e interesses individualizados têm levado a bancarrota muitas iniciativas de tornar a vida das pessoas dentro da empresa mais plena, com uma gestão de suas gentes voltada para felicidade. Por alimentarmos ainda uma engrenagem conservadora, uma ética do viver fortemente ligada à satisfação imediata, é condescendente ou cooperado na tremenda confusão que existe entre sucesso e realização.
Conforme o conceito de Personalidade Autotélica, elaborado pelo psicólogo norte-americano Mihály Csíkszentmihályi, a realização vem de dentro, e se orienta para um fim que o próprio indivíduo se coloca. Já no que diz respeito ao sucesso, o indivíduo está orientado para o lado de fora, o exterior, aquilo que socialmente acreditamos impressionar os que nos cercam.
Já que o sucesso é uma coisa de dentro para fora e a trajetória da felicidade, um bem extremamente relacionado com nosso interior e a nossa capacidade de nos auto-realizarmos, a jornada tem se dado de forma muito frustrante em todos os seres. Pessoalmente e também corporativamente temos empregado muito mais energia em valores que são incontornáveis para nossa vida e para a vida dos que compartilhamos como uma busca da realização apenas nos aspectos materiais, ascensão a qualquer preço, profissões apenas por sua remuneração no mercado, grupinhos de tomada de decisão na empresa para defender uma zona de conforto, frequentar ambientes por pura obrigação social. O dinheiro tem estado na ordem de prioridades como número um e fechado as portas de muitas coisas bonitas que poderiam e podem acontecer quando pessoas se reúnem para o fazer, que é o caso da Gestão de Pessoas.
Resta-nos servir para amar e evitar se servir para não se apegar, a primeira obstrução para ser feliz. Hoje tudo nos promete felicidade. O novo micro ondas nos promete felicidade num cozinhar dos deuses, o carro com tecnologia avançadíssima promete que nunca nos deixará na mão, a banda larga nos promete felicidade, porque vamos voar ao invés de navegar, a jóia promete a felicidade de encantar alguém que amamos e o presente promete a felicidade de ocupar o vazio que deixamos em não estar mais presente com nossos filhos. E cada vez que compramos estas felicidades, mais nos obrigamos a comprar mais, pois falecem com a mesma intensidade que chegam pela razão de sua efemeridade.
Felicidade se dá no fluxo, em alguns momentos fugazes como aqueles que temos praticado, que no primeiro vento, lá se foi à felicidade se escapando pelas nossas mãos. Outros fluxos são aqueles consistentes, que perduram no seu ato, consolidam-se na sua atitude e ficam memorizados em nossas mentes, como é o caso de servir para amar. Se não me dou conta que é esse servir, esse desapego das minhas satisfações imediatas, que me conduzem para um fluxo mais permanente de felicidade. Violando-me incessantemente e me auto-iludindo com essas artimanhas da coisificação dos sentimentos em algum momento se dará o conflito emocional.
De uma forma ou de outra, mesmo não desejado, a vida é pontual em relação ao desapego. Dá sinais, manda recados e se não executados, ela mesmo se encarrega da correção. A vida não é cruel, mas é justa e os justos não perdoam, educam. Uma Gestão de Pessoas com fins de liderança educativa, ela há de se incomodar e comportar-se conforme a natureza, educando em direção do desapego, no servir para amar.
É da responsabilidade do gestor, principalmente dele, estar atento que os sujeitos do seu grupo estejam realizando entre si um adquirido, um vivido, um convivido, um duradouro.  Sem medo, estejam alimentando e sendo alimentados dos seus e dos princípios de todos, das suas e das crenças de todos, dos seus e dos propósitos de todos, dos seus e dos sonhos de todos. Não temos o direito de encarcerar nem o que é nosso muito menos o que é do outro. Nada nos pertence, só essa vontade de não possuir nada. Ser livre é o maior sucesso que todos desejamos atingir. Mas não se apegar é um exercício diário, um vencer a si mesmo.

Gestão de Pessoas – DesapegoPaulo Ricardo Silva Ferreira

Educador Facilitador. Presidente do Instituto Eckart Desenvolvimento Humano e Organizacional. Doutor em Ciências Empresariais pela Universidade de Leon/Espanha, administrador de empresas, curso de psicologia, pós-graduado em administração hospitalar. Professor universitário em cursos de graduação e pós-graduação. Consultor em estratégia empresarial, desenvolvimento organizacional (DO), comportamento, mudança intervencionista e inteligência empresarial da Eckart Consultoria. Presidente da Fundação dos Administradores do Rio Grande do Sul. Palestrante nacional destacado pela abordagem multidimensional das organizações, abordando temas como valores humanos, ética, comportamento e desenvolvimento humano continuado e pensamento estratégico.

Redator: Sander Machado
Profissional de comunicação, redator. Coordenador do Núcleo Celebração do Instituto Eckart. Diretor Criativo da ILê Comunicação. Entre outros prêmios já conquistou Top Nacional de MARKETING ADVB, ESPM/RS, Mérito Lojista, ANAMACO e Central Outdoors.

Tipologia de temperamentos – Pelo Olhar da Psicologia Social

06/12/2011

Parte II – O humano como ser sociável na Gestão de Pessoas.

Encerramos a Parte I deste artigo – Tipologia de Temperamentos, um olhar pela Psicologia enfatizando que nas organizações a atitude tem que estar alinhada a peça teatral. Devemos ser mais do que nós, temos que sentir e exercer o papel contratado.  Em 1994, atribuindo o parágrafo para um psicólogo americano, Bachs reitera a questão afirmando que “O homo sapiens é uma espécie cujas características e condutas se encontram estandardizadas pela posse de uma cultura. Sem esta, a conduta desse mamífero é imprevisível e depende, em cada caso, das particularidades do seu próprio ambiente”.
Com certeza um dos marcos na Psicologia Social e do Desenvolvimento está relacionada com a Tipologia Constitucional que entre outras questões tem como finalidade o estudo interacional entre as características físicas e psicológicas.

Os dois teóricos que mais se destacaram foram Kretschemer e Sheldon. Ernest Kretschmer (1888-1964), psiquiatra alemão, e em 1921, nos seus estudos e pesquisas, o cientista examinou as tipologias apresentando trabalhos que denominou de Constituição e Carácter. As investigações de Kretschmer se direcionaram na descoberta de fatores intrínsecos e extrínsecos entre o perfil corporal (constitucionais) e as características psicológicas. O termo Constitucional para Kretschmer enfatiza bastante os aspectos hereditários, mas preste atenção que estes aspectos hereditários dizem respeito muito mais as nossas heranças biológicas do que culturais.

Realmente, a teoria que foi acolhida e muito utilizada até hoje foi a tipologia de Sheldon. Segundo Davidoff (1983), Sheldon defendia o ponto de vista de que as pessoas com um determinado tipo de corpo tendem a desenvolver tipos especiais de personalidade. Para Sheldon, nós trazemos uma tipologia física que reflete as atividades para as quais temos mais aptidão. Sheldon classificou os tipos físicos em:

• Endomorfos: gordos, adiposos.
• Mesomorfos: musculosos.
• Ectomorfos: delgados.

Os endomorfos são viscerotônicos: afetivos, extrovertidos, sociáveis, com um relaxamento geral, voltados ao mundo, às coisas praticas. Os mesomorfos são somatotônicos: agilidade, atividade, energia. Os ectomorfos são cerebrotônicos: introversão, intelectualidade, autocontrole, tendência ao isolamento, sono deficiente. Para o Autor a Endomorfia está centralizada no abdómen, e em todo sistema digestivo. Já a Mesomorfia diz respeito aos músculos, e ao sistema sanguíneo. Quando aborda a questão da Ectomorfia está relacionando ao cérebro e o sistema nervoso.  Veja que durante a vida passamos de um estado para o outro, uma ou várias vezes. O que suscita que é sempre necessário, nesta sociedade estética, um acompanhamento dos impactos que isso causará na psique. Em outras palavras, o cheinho ou cheinha que ficou delgado?  De extrovertido pode passar a ter um temperamento de introversão e abalar suas antigas atividades.

Um cientista de muita relevância é Pavlov, de acordo com o quadrilátero proposto por Hipócrates e Galeano, tomou o seu dentro dos seguintes aspectos: com sistema nervoso forte, móvel, mas desequilibrados, nos quais os dois processos são poderosos, mas a excitação predomina sobre a inibição, são os coléricos. Os indivíduos com o tipo de sistema nervoso forte, equilibrado, mas inertes, são os fleumáticos, calmos e lentos. Em seguida o tipo forte, equilibrado, hábil, vivo e móvel, os sanguíneos. E finalmente um tipo fraco, sensível, delicado, que corresponde ao tipo melancólico.

Conforme Wilfred Trotter, “os dois campos – o social e o individual – são vistos aqui como absolutamente contínuos; toda a psicologia humana, isso é afirmado, deve ser psicologia do homem associado, visto que o homem como animal solitário é algo desconhecido para nós e todo indivíduo deve apresentar as reações características do animal social”. Por outro angulo MacDougall, crê que os processos evolutivos individuais, sem deixar de serem psicológicos, encontram-se em uma situação de ruptura com o indivíduo, em situação de ser outra coisa diferente dele. Já para Le Bon, Psicólogo Social e sociólogo, “as experiências mais continuadas não têm conseguido abalar essa temível quimera. Em vão filósofos e historiadores tentaram provar o seu absurdo. Não lhes foi, contudo, difícil mostrar que as instituições são filhas das ideias, dos sentimentos e dos costumes e que não se refaz as ideias, os sentimentos e os costumes ao se refazer os códigos. Um povo não escolhe as instituições como bem quer, como não escolhe a cor dos seus olhos ou de seu cabelo”.

Para encerrarmos com uma frase de Gabriel Trade, um dos mais provocativos e exponenciais pensadores da psicologia social, o cientista dá uma atenção especial à questão de fluxo versus organização e estrutura: “que o elemento do social é mais um reproduzir-se (por fluxos) que um estruturar-se organizativamente”. Conforme suas colocações essa forte reprodução de fluxos, por vezes, tem um encontro com um ponto de mutação, daí faz-se o novo. Quer dizer, a inovação dentro da Sociedade e na Gestão de Pessoas, não é matéria do impulso, mas do exercício.

Pois é, recomendamos senhoras e senhores tentarem descobrir o desenho da estrutura organizacional da sua empresa que possa alinhar metas a temperamentos antes que ela se transforme em uma quimera.

Tipologia de temperamentos – Pelo Olhar da Psicologia SocialPaulo Ricardo Silva Ferreira

Educador Facilitador. Presidente do Instituto Eckart Desenvolvimento Humano e Organizacional. Doutorando em Ciências Empresariais pela Universidade de Leon/Espanha, administrador de empresas, curso de psicologia, pós-graduado em administração hospitalar. Professor universitário em cursos de graduação e pós-graduação. Consultor em estratégia empresarial, desenvolvimento organizacional (DO), comportamento, mudança intervencionista e inteligência empresarial da Eckart Consultoria. Presidente da Fundação dos Administradores do Rio Grande do Sul. Palestrante nacional destacado pela abordagem multidimensional das organizações, abordando temas como valores humanos, ética, comportamento e desenvolvimento humano continuado e pensamento estratégico.

Redator: Sander Machado
Profissional de comunicação, redator. Coordenador do Núcleo Celebração do Instituto Eckart. Diretor Criativo da ILê Comunicação. Entre outros prêmios já conquistou Top Nacional de MARKETING ADVB, ESPM/RS, Mérito Lojista, ANAMACO e Central Outdoors.

Tipologia de temperamentos – Pelo Olhar da Psicologia

06/12/2011

Parte I – Como diferenciar uns dos outros na Gestão de Pessoas.

Nos próximos artigos iremos abordar a tipologia de temperamentos pelo olhar de várias ciências. Vamos fazer um passeio pelo conhecimento desta matéria disponível na psicologia, psicologia social, antropologia, sociologia e filosofia. Seria quase chover no molhado trazer a tona que as pessoas incorporam suas aprendizagens de forma muito particular, organizam suas atitudes de acordo com a sua cultura e respondem aos estímulos, cada um como cada um. O que realmente nos suscita frisar neste momento é o olhar holístico e multidisciplinar que podemos ter em relação às estruturas de temperamento e quais impactos e o que essas estruturas causam na Gestão de Pessoas.  Pois bem, iniciemos.

Conforme seu significado em latim, a palavra temperamento, “temperare”, significa “equilíbrio”.  Um conceito milenar desenvolvido na Teoria dos Humores por Empédocles e Galeano, que utilizaram como base dos seus estudos a formação dos humanos a partir dos elementos da natureza, que seriam a terra, fogo, água, ar e pelos humores dominantes no organismo a fleuma, bile negra, bile amarela e sangue. Ela se imortalizou nas mais variadas áreas, inclusive na psicologia. Um dos grandes pensadores da psique humana, Carl Gustav Jung, a partir dessa matriz criou uma nova dimensão dos tipos e das funções. Uma lista enorme de tipos e funções foram propostas por Jung, mas a sua contribuição significativa está na distinção de dois tipos e quatro funções. Os dois tipos são: extroversão e Introversão e as quatro funções são: pensamento, sentimento, sensação e intuição. Veja aqui que Jung volta a reforçar o quadrante proposto por Empédocles e de Hipócrates formada pelos temperamentos Melancólico, Colérico, Fleumático e Sanguíneo.

Só de forma a ilustrar a funcionalidade dos modelos e seus possíveis cruzamentos, Resten (1963), em sua investigação de caracterologia criminal, elaborou uma justaposição dos tipos psicológicos de Jung (1991) e a caracterologia de Le Senne (1963). O que resultou Colérico= sentimento extrovertido, Fleumático=pensamento introvertido e Sanguíneo = pensamento extrovertido.

Na década de 70, David Keirsey, psicólogo americano desenvolveu uma nova Tipologia de Temperamentos, ele uniu passeios aos entendimentos de Jung ao material de Katherine Briggs Myers (MBTI) e sua filha Isabel Briggs Myers, estudo originário da observação de uma fábrica onde eram diretoras no EUA sobre as grandes diferenças na produção entre homens e mulheres. Em linhas gerais são 4 tipos: Sensorial Perceptivo – aqueles que desejam estar onde está a ação; são envolvidos pelo que dá prazer e buscam excitação. O Sensorial Julgador (chamados Guardiões) – são aqueles que estão mais voltados as regras, ponderados e realistas tem uma resistência maior as mudanças. Excelentes nas atividades que são repetitivas. Intuitivo Sentimental (chamados Idealistas) – fazem aquela política do bom relacionamento, estimulam o acordo, tem como ideal o trabalho em conjunto. Algumas vezes excedendo os limites investindo muito mais no sonho do que na realização do sonho. Intuitivo Pensador (chamados Racionais) – O temperamento é sempre de racionalizar e compreender o universo que os cercam. Imbuídos de uma visão pragmática o seu conhecimento e aplicação sempre estão direcionados a descobrir e cartografar as estruturas.

Estas formas de avaliar a tipologia dos temperamentos pelo olhar da psicologia são uma parte de uma grande holística que nos permite ver a Gestão de Pessoas correlacionando as atividades com os seus executores. Um inventário que propõe uma avaliação numa dimensão que entre outras questões potencializa a velha questão provocativa a respeito do que é motivar ao trabalho e a inovação. Muito antes que técnicas fugazes do tipo correr no mato, passar uma semana dentro de hotéis, se fantasiar disso ou daquilo, elas tem a haver realmente com a ciência de diagnosticar as nossas mais variadas formas de internalizar e expressar a vida e posteriormente sim, tomar atitudes no sentido de adequações, melhorias e desenvolvimento para os temperamentos que desejamos realçar em nossas equipes.  Bem, respeitada a individualidade, nas organizações a atitude tem que estar alinhada a peça teatral. Devemos ser mais do que nós, temos que sentir e exercer o papel contratado.

Tipologia de temperamentos – Pelo Olhar da Psicologia Paulo Ricardo Silva Ferreira

Educador Facilitador. Presidente do Instituto Eckart Desenvolvimento Humano e Organizacional. Doutorando em Ciências Empresariais pela Universidade de Leon/Espanha, administrador de empresas, curso de psicologia, pós-graduado em administração hospitalar. Professor universitário em cursos de graduação e pós-graduação. Consultor em estratégia empresarial, desenvolvimento organizacional (DO), comportamento, mudança intervencionista e inteligência empresarial da Eckart Consultoria. Presidente da Fundação dos Administradores do Rio Grande do Sul. Palestrante nacional destacado pela abordagem multidimensional das organizações, abordando temas como valores humanos, ética, comportamento e desenvolvimento humano continuado e pensamento estratégico.

Redator: Sander Machado
Profissional de comunicação, redator. Coordenador do Núcleo Celebração do Instituto Eckart. Diretor Criativo da ILê Comunicação. Entre outros prêmios já conquistou Top Nacional de MARKETING ADVB, ESPM/RS, Mérito Lojista, ANAMACO e Central Outdoors.

Gerente na Trincheira – Parte I

26/08/2011

Aqueles que fazem pelo Grupo.

Não é tão simples ser líder nos tempos de hoje. Em primeiro lugar, porque muito dos gerentes vem de uma cultura, de um passado não tão remoto, que era importante também meter a mão na massa, pegar junto e o danado do orgulho: bater no peito que também estavam ali suando a camiseta. Em segundo lugar, os líderes passaram a ser uma inteligência para a prática da produção enxuta, a multifuncionalidade nas equipes é um fato concreto e com nenhuma chance de retorno.
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